quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Até quando?

O Estado escraviza, desde o nascimento. Uma vida com caminhos impostos. Dinheiro, mercado, consumo, educação machista, violência. Somos adestrados pra ser aquilo que a falsa propaganda quer que sejamos, aquela propaganda de caráter faça sua parte pobre cidadão, o consumo de sacola plástica você pode evitar, mas nós, empresas, multinacionais, não podemos parar nossa poluição. Falácia. Uma atrás da outra. Facetas de gente do bem mascaradas por interesses lucrativos e de poder. Enfim. O mundo é uma merda, pois não existe liberdade em nada! Consumo de alimentos com agrotóxicos, transgênicos. Universidades e faculdades nos formando para o mercado, para o capital. É a forma mais legal de nos conformarmos/aceitarmos/participarmos deste modelo tão civilizatório. Civilização, palavra que exprime o que devemos ser, aquilo tudo que não é de nossa natureza. Valores Invertidos. Pena de morte. Quanto vale uma vida? Uma dúvida? Uma incerteza?
Não vale mais, descarta! Com os animais já é assim, mas eles valem algo, e é o algo mais cobiçado e representativo desta sociedade atual. O dinheiro. A ganância. São tantos os podres que a lista é interminável. São tantas as aflições, as mentiras, a podridão, o caos.
Até que ponto alguém tem o direito de controle da vida do outro? Direito? De nossas vidas, não temos, da vida alheia, total! Controle, marionetes. Somos isso, produtos, quando nascemos nos dão a corda com o caminho. Não o siga para ver...
Texto confuso, que expressa revolta. 

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EUA executam preso em caso repleto de dúvidas

Troy Davis 


JACKSON, Geórgia. Num caso que comoveu os EUA, Troy Davis, condenado por matar um policial, foi executado na noite de quinta-feira, minutos após a Suprema Corte ter negado um recurso de última hora apresentado pelos seus advogados - que alegavam haver falhas no processo. A pena de morte, que estava marcada inicialmente para 20h de ontem (horário de Brasília), chegou a ser adiada devido ao recurso, provocando comemorações de cerca de 200 manifestantes que durante todo o dia se concentraram diante de uma penitenciária de Jackson, na Geórgia. Após quatro horas de deliberação, no entanto, a Suprema Corte anunciou que não impediria a execução por injeção letal. Ao ouvir a decisão, muitos manifestantes caíram no choro.

Há 20 anos no corredor da morte, Davis, de 42 anos, se transformou num símbolo da luta contra a pena e do pedido de tratamento legal mais justo para os negros, atraindo a atenção de pessoas como o Papa Bento XVI e o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter. Ele é acusado da morte de um policial que trabalhava como segurança. Mas desde sua condenação, em 1991, sete das nove testemunhas mudaram suas declarações e algumas disseram ter sido coagidas pela polícia. Uma outra, Quiana Glover, afirma que um homem cujo depoimento foi determinante para a condenação lhe confessou a autoria do crime. Tampouco há arma ou prova física que ligue Davis ao crime.
- Eu sou Troy Davis - gritava a multidão diante da penitenciária, em manifestação repetida em Paris.
Foi um dia dramático, em que seus advogados tentaram todos os recursos. Um pedido para que se submetesse a um teste de polígrafo foi negado, a Comissão de Perdões e Condicional da Geórgia reiterou que não revisaria seu processo e a Corte Suprema do Condado de Butts rejeitou a contestação contra os testemunhos e as provas balísticas.
O caso é polêmico e chegou a ter a execução suspensa três vezes. Davis foi condenado pela morte de Mark MacPhail, um policial que trabalhava como segurança. De acordo com testemunhas, MacPhail foi socorrer um mendigo que apanhava de um grupo no qual estava Davis. Na confusão, o policial foi baleado no rosto e no coração.

O processo ganhou repercussão internacional, e ontem três especialistas em direitos humanos da ONU - Christof Heyns, Gabriela Knaul e Juan Mendez - pediram a intervenção do presidente Barack Obama. O presidente não poderia perdoar Davis, já que se trata de uma condenação estadual, mas um pedido seu de investigação federal adiaria a execução.
O Conselho da Europa e a Chancelaria da França também pediram ontem a suspensão da execução. "Ao executar um prisioneiro quando há sérias dúvidas sobre sua culpa, pode-se cometer um erro irreparável", dizia o comunicado do ministério francês.
Família do policial defende a sentença
Para a família do policial, no entanto, a pena é justa. Os filhos Madison, de 24 anos, e Mark, de 22, assistiriam à execução.
- Temos vivido isso por 22 anos. Nós somos as vítimas - disse a viúva, Joan MacPhail-Harris.
A irmã de Davis, no entanto, acredita que o irmão deixa sua marca no mundo:
- As pessoas dizem "eu sou Troy Davis" em línguas que ele nem sabe falar - comentou Martina Correa, que mesmo combatendo um câncer de mama e numa cadeira de rodas coordenou protestos.
Davis passou o dia se preparando para a execução. Recebeu 25 pessoas entre parentes, amigos e integrantes de grupos de direitos humanos e recusou a última refeição. Divulgou ainda uma carta em que dizia: "Esta luta é de todos os Troy Davis que vieram antes de mim e de todos os que virão depois. Estou bem, rezando e em paz. Mas não vou deixar de lutar até ter exalado meu último suspiro."

Bah

5 comentários:

  1. [tio.taz] Viva o Ocidente! Cada crime tem um culpado... menos as S/A's! [fikdik] - parabéns pelo texto, uma paulada de revolta...

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  2. Submetedor Master

    Esse cara que aqui vos fala, não está mordido pelo simples fato que levou outro não, mas sim pq, como Ateu que é, e que crê unicamente nas pessoas, não esperava receber a alcunha de Controlador, Centralizador, Algoz, O CARA QUE PENSA QUE AMAR É = APRISIONAR. Pois ouvir isso de qualquer Zé Ruela não dá nada, mas ouvir isso de quem sabe que vc "JOGA" Limpo, é FODA! Nada Melhor do que o OSTRACISMO para esse ALGOZ de GAROTAS. Esqueça-o num canto empoeirando. Sim! Troy Davis é apenas um dos milhões de injustiçados, e pra um injustiçado em qualquer canto do mundo, sim, seremos solidários. Toda Classe média fará suas petições, de repúdio ao acontecido, mas e ao nosso lado?! Agimos assim tb? O foda é ser Injustiçado. Alguém Crê que alguém que pede/implora /mendiga uma única oportunidade, pode ter em si, o germe do Controlador/Aprisionador? Será que entraria uma pessoa como essa, na posição de Mando em uma relação?!

    Conde Crápula

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  3. Tão ruim quando ser injustiçado é não ser respeitado pela própria liberdade e sinceridade. Implorar, mendigar ou pedir não basta, a pessoa deve se sentir a vontade (conscientemente) para exercer tal pedido, pois se não for assim, não será uma ação livre.
    Troy Davis foi injustiçado, como também teve sua liberdade ignorada e sub-julgada por outros que não agiram de acordo com sua própria vontade.
    Suprimir a liberdade de vontade e escolha consciente, feitas a partir da dialética entre vontade e realidade, é injustiçar. Existem coisas que escapam ao nosso controle, quando deveriam ser do controle autônomo de cada um e, ao mesmo tempo, dialogados coletivamente, e existem coisas que não devem nunca ser do nosso controle, pois dizem respeito ao controle autônomo do outro. A justiça institucionalizada, a disciplina exercida pelo estado, bem como seus demais mecanismos, dizem respeito às primeiras coisas. E às segundas? Fica a idéia em aberto...

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  4. Velho, num discordo de vc em nenhuma linha que escreveu. A única parada é crer que seria uma relação de mandadores para mandados, é o que pegou. E eu sempre disse abertamente, eu não sabia como fazer (me de uma chance?). Acreditei, como ainda creio que pode ser muito loko. Sei que a blogueira daqui me virou às costas, mas rapá, eu torcia e muito por essa ação livre. Como ainda hoje eu penso, pq não? Quando vc diz (Suprimir a liberdade de vontade e escolha consciente, feitas a partir da dialética entre vontade e realidade, é injustiçar), mesmo que seja um tiro no meu pé, não posso ir contrário ao que vc diz, e sei que errei muito, até no ato de escrever esse texto acima, mas eu só queria mesmo, que ela pudesse ver, que em nenhum momento eu desejava sacanear (mesmo que vc diga: já sacaneando). A liberdade da mesma, realmente é muito importante, pois o que está me deixando muito encantado nela, é isso. Eu nunca neguei que queria que ela compartilhasse um pouquinho disso comigo. Velho, no meio de tanto peleguismo, tanta falta de sinceridade, como não me apaixonar por ela? Até mesmo quando ela dizia não, que não era o que esperava ouvir, eu pirava na mina. Velho, quando ela mandava um sorriso desse de msn, rapá, eu estremecia. E isso aconteceu de novo antes de ontem, onde ela disse que era só virtual, e onde eu disse: fazer o que, se é só isso que eu poderia ter. O muito pouco, se tornava muito. Quando eu falava com ela via msn, eu tremia, e tremia porque ansiava uma palavra dela, torcendo que fosse positiva, mesmo sabendo que a chance era mínima. Velho, em uma mão que ela me trouxe em casa, onde só tava eu e ela, mano eu travei, não sabia o que dizer. Isso porque ela é muito bacana, e eu não queria estragar a parada de um jeito espalhafatoso. Você conversa mais com ela do que eu, e sabe do que estou falando. Eu errei? Sim! Posso ser perdoado? É como vc disse: Ação Livre da Mina. Eu torço por isso. Tô arrependido? Sim! Pô, entrei nessa parada pra ser companheiro dela, e acabei com ela me virando às costas. Mesmo com todos e-mails e mensagens via celular, eu sempre disse, eu não sei como fazer, me dê uma única chance. E ela dizia, eu sei que vc não me fará mal Dedé. E dizia também: Não pense que eu gosto de lhe dizer não. Ela é bacana até no ato de me dar um fora. Tudo de bom Tuk

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