sábado, 11 de fevereiro de 2012

Respirando sob peias

Respirar é o profundo ato de se perceber vivo
A implacável sensação de se obter como livre
Nela não só respiro oxigênio
Nela respiro esperança de dias melhores
Dias mais claros e insurgentes das manhãs
A busca da liberdade em faíscas de resistência
Às peias cotidianas que se dirigem
Para o fim completo do sentimento livre
A idolatria do estupitificante
Como dizia José Oiticia
A superstição da lei
Que nos sufoca a razão
A prepotência divina
Que nos tira a vida
Com esse poema abri uma janela
Para melhor respirar
Como uma vez Mario Quintana abriu
De uma cela abafada em sua emergência
Agora com o ar que aqui passa pela janela
Da cela abafadora de consciência
O próxima passo é abrir a porta
Para me expulsar do cubículo da apatia
E caminhar em direção à utopia.


Emergência
Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas tem ritmo, para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.
                                                                                         Mario Quintana

Cesar

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