sábado, 16 de fevereiro de 2013

Mercado de corpos - Parte II


É uma brincadeira de boneca,
num dia nublado de mais nada.
É apenas uma bancada.
É a espera
que desespera.
A vida que cansou de esperar.
Mais um corpo caiu
para  relembrar do que esperávamos.
Aquele corpo que não é mais seu.
Nunca foi.
 
Vem um frio que esquecemos,
que um dia precisava do aquecer,
não do esquecer.
O corpo não se desmanchou de imediato
pois estava muito bem enterrado,
como aqueles que não podiam transparecer.
Não me traga o sol agora,
eles ainda precisam dizer.
Mas existiram?
Quem são eles?
(ex-)istiram.
Vivos.
Mortos.
Morto-vivo.
Tanto faz.

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